Os rios de águas brancas se caracterizam por terem águas muito turvas, semelhantes à cor do café com leite ou do doce de leite; isso é ocasionado pela grande quantidade de sedimentos que transportam.

Os rios de águas brancas se surgem em sua maioria nos Andes e se caracterizam pela alta turbidez e nutrientes. Devido a grande numero de afluentes dos Andes com grandes quantidades de sedimentos, o rio Amazonas é considerado de águas brancas. Mapa: Wildlife Conservation Society, 2016.
Na Bacia Amazônica, os principais afluentes que nascem nos Andes, ou seja, na bacia alta, são de águas brancas. No entanto, é importante esclarecer que os pequenos afluentes das cabeceiras dos Andes que se encontram acima dos 400 metros acima do nível do mar também são considerados de águas brancas. Suas águas fluem claras pelo menos durante parte do ano, devido ao bom estado de suas florestas em suas encostas e à cobertura vegetal, ao seu conteúdo de nutrientes e a outras características físico-químicas de suas águas.
Na escala geológica, os Andes são uma cadeia montanhosa muito jovem e os materiais que a compõem estão pouco compactados, o que os torna sensíveis à erosão. Assim, são facilmente lavados e removidos pelas chuvas, sendo posteriormente transportadas pelos canais dos rios, em direção ao Oceano Atlântico.
Localmente, esses rios são frequentemente conhecidos como rios de águas brancas, embora o termo não deva ser confundido com a tradução literal do termo em inglês whitewater, que é usado, por exemplo, pelos caiaquistas para se referirem às zonas de corredeiras de um rio ou a rios com muitas corredeiras.
Os afluentes andinos de águas brancas incluem os rios Madeira, Ucayali, Marañón, Putumayo-Içá e Caquetá-Japurá. Existem vários tributários que não tem suas cabeceiras no Andes como o Purus e o Juruá, mas ainda assim são considerados rios de água branca devido a sua alta carga de sedimentos.
Devido à grande quantidade de sedimentos que transportam, os rios de águas brancas são mais ricos, ou seja, apresentam um conteúdo de nutrientes superior ao do encontrado em rios de águas negras e claras, sendo o cálcio o elemento químico predominante na água. As águas desses rios frequentemente são de acidez próxima à neutralidade ou com uma tendência à basicidade, ou seja, o pH da água nesses rios fica próximo ou acima do neutro 7,0. Por exemplo, em altitudes superiores a 2.000 msnm, nos Andes, o pH da água dos rios pode ser maior que 8,0.
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Aguas Blancas 3
O rio Madeira é um dos dois contribuidores de sedimentos transportados pelo rio Amazonas. Estado – País: Rondônia-Brasil Altitude: 83 Fotógrafo: Michael Goulding
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Vista aérea do encontro dos rios Solimões e Negro com Manaus ao fundo. As águas se misturam completamente muitos quilômetros rio abaixo. Estado – País: Amazonas – Brasil Bacia – Sub-bacia: Eixo Principal do Amazonas – Eixo Principal da Amazônia Oriental Altitude: 32 Fotógrafo: Michael Goulding
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O contraste mais impressionante entre tipos de águas pode ser visto no enconro dos rios Solimões (Amazonas), de aguas brancas, e Negro, de águas pretas, próximo a Manaus. Na imagem, a vista para o leste e rio abaixo. Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
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O contraste mais impressionante entre tipos de águas pode ser visto no enconro dos rios Solimões (Amazonas), de aguas brancas, e Negro, de águas pretas, próximo a Manaus. Na imagem, a vista para o leste e rio abaixo. Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
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Aguas Blancas 7
Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
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Aguas Blancas 8
Estado – País: Amazonas – Brasil Bacia – Sub-bacia: Negro – Eixo Principal Baixo rio Negro Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
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Aguas Blancas 9
Estado – País: Amazonas – Brasil Bacia – Sub-bacia: Negro – Eixo Principal Baixo rio Negro Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
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Estado – País: El Beni – Bolivia Bacia – Sub-bacia: Madeira – Mamoré Fotógrafo: Luiz Claudio Marigo
TIPOS DE ÁGUAS
Rios de águas claras
Rios de águas pretas
Rios de água branca