Trombetas

O rio Trombetas tem aproximadamente 750 km de comprimento e drena 134.000 km2 ou 1.9% da bacia amazônica.

As cabeceiras do Trombetas estão localizadas na fronteira entre a Guiana e o Suriname, nas serras do Acarai (também chamada de Acari) e Tumucumaque. É uma região de serras muito antigas encontradas no leste do Escudo das Guianas, que não passam de 700-900 m de altitude. Quase toda a bacia do Trombetas se encontra no Estado do Pará, Brasil. A cabeceira de uma pequeno afluente ocidental, que representa cerca de 1% da bacia, se localiza nos estados de Roraima e Amazonas. Apesar de uma intensa estação seca que predomina na região, a maior parte da bacia do Trombetas é coberta por florestas tropicais. A quantidade de chuvas anuais na região varia de 2.200 mm nas proximidades da foz do Trombetas até menos de 1.600 mm nas cabeceiras

O Trombetas é um rio de águas claras, ainda que nos seus últimos 20 km sua água se torna barrenta devido a invasão do rio Amazonas. Dentro da bacia do Trombetas também são encontrados pequenos tributários de água preta. O rio Amazonas controla, em grande parte, as variações do nível da água no baixo curso do Trombetas. O período de alagamento se estende de março a agosto, enquanto a época de estiagem ocorre entre setembro e fevereiro. A estação seca é bastante intensa nos trechos médio e alto do rio, tanto que alguns afluentes chegam a secar totalmente. O Rio Trombetas e seus principais tributários são cheios de corredeiras e seus leitos, em geral, são rochosos. A principal corredeira está próxima de Cachoeira Porteira, na confluência dos rios Trombetas e Mapuera a cerca de 260 km da foz do Trombetas.

Áreas protegidas

A maior parte da bacia do Trombetas se encontra isolada e nenhuma grande rodovia ou estrada cruza a região. As corredeiras impedem o trafego de embarcações em seu interior e grande parte da bacia está designada como territórios indígenas. A Reserva Biológica do Trombetas no baixo cursos inclui um grande lago (Lago Erepecuru) e um longo trecho de 150 km da margem esquerda do Trombetas onde se encontram importantes praias de reprodução de várias espécies de tartarugas. Na margem direita deste mesmo trecho se encontra a Floresta Nacional Saracá-Taquera. A cidade de Porto Trombetas se localiza no limite norte desta unidade de conservação.

Usos e impactos

A região do baixo Trombetas e as áreas próximas a Proto Trombetas foram intensamente colonizadas para criação de gado e o desmatamento é bastante extenso. Quilombos, ou descendentes de escravos africanos que escaparam no século XIX, se assentaram nesta região. No baixo curso do Trombetas se desenvolve uma intensa atividade de pesca comercial para abastecer os mercados de Oriximná e Santarém. A bauxita é o recurso comercial mais valioso da bacia do Trombetas, sendo extraída das proximidade de Porto Trombetas, uma cidade que está se desenvolvendo rapidamente e que conta com vôos regulares para Manaus e Belém. Um cinturão de transportes de 20 km de comprimento leva a bauxita bruta ate o porto onde é embarcada em balsas e navios e transportada até Barcarena, próximo de Belém, para o seu processamento. A Companhia de Mineração do Norte, cujos sócios incluem Reynolds e Alcoa, está reflorestando os sítios que foram minerados em busca de bauxita com uma variedade de plantas nativas. Não existem sinais de contaminação nas proximidades de Porto Trombetas. Existe planos para se construir uma represa relativamente grande nas proximidades de Porto Trombetas.

Conservando la Cuenca Amazónica Aguas Amazonicas

 


BACIAS PRINCIPAIS

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Juruá
Madeira
Marañón
Napo
Negro
Purus
Putumayo-Içá
Tocantins
Tapajós
Trombetas
Ucayali
Xingu