A foz do rio Amazonas é muito ampla, com uma largura de até 340 km medida entre o cabo Norte e a Ponta Tijoca. O rio Amazonas não possui um delta no sentido geomorfológico estrito e sim um complexo de ilhas de diversos tamanhos entre o rio Xingu e a foz do rio Amazonas. Estas são algumas vezes mencionadas na literatura como um delta interno. A ilha de Marajó, com 40.000 km² de extensão, é a maior ilha dessa região e divide a foz em duas partes, estando a foz do rio Amazonas propriamente dito ao norte e a baía de Marajó, que é onde deságua o rio Tocantins, ao sul.
A plataforma continental (Plataforma Amazônica) é muito larga próxima à foz devido à deposição dos sedimentos carreados pelo rio Amazonas, mas diminui a noroeste, em direção às Guianas, e à leste, ao longo do litoral leste Atlântico da foz da Baia de Marajó. A amplitude das marés na foz do rio Amazonas chega a 4 metros e sua enorme vazão diminui a salinidade ao longo do litoral do Amapá. O perfil da salinidade na coluna d`água na Plataforma Amazônica varia consideravelmente de acordo com sazonalidade da vazão do rio Amazonas. A vazão do rio Amazonas mantém a cunha salina sobre a Plataforma Amazônica, impedindo-a de entrar no rio. Por outro lado, a cunha salina penetra 150 km na baia de Marajó durante o período de seca (Junho–Dezembro) do rio Amazonas, período em que a baía fica salobra.
Os estuários estão entre as águas com maior produtividade biológica do mundo. As dinâmicas tróficas estuarinas tendem a ser mais complexas devido aos diferentes tipos de produtores primários, incluindo gramíneas de maré (salt marsh) e submersas (sea grasses), manguezal e algas bentônicas; em comparação com as águas abertas do oceano que é baseada principalmente no fitoplâncton. A dinâmica trófica do estuário amazônico é baseada principalmente no fitoplâncton, nas águas abertas, e no manguezal, ao longo da costa. A floresta de várzea de maré substitui a floresta de mangue nas áreas de maré dominada pela água doce.
A produção de fitoplâncton ao longo do litoral do oceano Atlântico é determinada principalmente pela combinação de quatro grandes forças: a vazão do rio Amazonas, a corrente Norte do Brasil, os ventos e as macro-marés. O resultado é um gradiente de águas com diferentes características entre o rio e o alto mar. O interior do estuário, cujas profundidades são maiores que 40 metros, é dominado pela descarga do rio Amazonas. A parte central do estuário é relativamente rasa (5 a 12 metros) e os principais processos que ocorrem nesta região são a coagulação e a precipitação dos sedimentos em suspensão e a sua constante re-suspensão, devido a ação da correnteza da maré, das ondas, dos ventos e também por processos de advecção e dispersão. A alta concentração de sedimentos suspensos compromete a produção primária, que apresenta valores semelhantes aos encontrados no oceano Pacífico Central. A parte mais externa do estuário é um pouco mais funda, com profundidades de 7 a 22 metros. Esta apresenta uma quantidade menor de sedimentos suspensos, a água salobra (<32 partes/1.000) e uma produtividade primária elevada, semelhante às áreas de ressurgência da costa do Peru. Além da região do estuário, a salinidade é elevada (>32 partes/1.000) e os níveis de nutrientes e produtividade são baixos.
Quando as águas do rio Amazonas alcançam o oceano Atlântico, estas são empurradas para o norte, para a costa do Amapá e das Guianas, pela corrente Norte do Brasil. Nesta extensa área de mistura de águas, onde o fundo é de lama e a água é salobra, a salinidade pode alcançar valores menores que uma parte por milhar nas áreas próximas à costa, durante a época de cheia do rio Amazonas. Apesar da influência do rio Amazonas ser menor para leste, a salinidade das áreas próximas ao longo do litoral do Pará à costa é reduzida pela influência da chuva local. O fundo desta costa é em grande parte coberto por areia ou pedras, sendo menos lamacento que a área ao longo da costa do Amapá.
A costa nordeste e sudeste da área da foz do rio Amazonas é coberta por uma extensa floresta de mangue. O manguezal se estende ao longo da costa do Amapá e Pará e é dominado pelas espécies Rhizophora mangle, Avicenia nítida e Laguncularia racemosa. O mangue é um berçário para algumas espécies de peixes e crustáceos amazônicos, estuarinos e marinhos.
As pescarias próximas à foz do rio Amazonas são diversificadas e incluem operações oceânicas. Nesta seção focaremos as atividades pesqueiras do interior de baía e da costa, cujos ambientes são dominados principalmente por água doce. Os barcos de pesca da frota comercial que explotam a região costeira variam de canoas a barcos de arrasto. Os barcos de arrasto possuem cascos de aço e são originados dos barcos com tangones duplos usados na Flórida. A captura dos barcos de arrasto é vendida principalmente para fábricas que processam e exportam pescados.
A pesca de arrasto na costa Amazônica teve início após os primeiros levantamentos das populações de camarão realizados pelo navio de pesquisa americano Oregon, entre os anos de 1957 e 1958. A área costeira do Amazonas é parte de uma das mais importantes áreas de pesca de camarão penaeídeo do mundo, que se estende do nordeste da Venezuela à foz do rio Parnaíba, no estado do Piauí, Brasil. A pesca comercial de arrasto para camarão na foz do rio Amazonas teve início no final dos anos 1950 por empresas estrangeiras com experiência nesse tipo de pescaria. Após a delimitação das 270 milhas náuticas (370 km), limite de pesca estabelecido pela Lei do Mar de 1970, as empresas estrangeiras continuaram a explotar o estuário amazônico até o ano de 1978, quando o acordo de pesca internacional expirou. A partir desta data, apenas embarcações nacionais ou embarcações arrendadas portando bandeiras brasileiras passaram a operar nessa área.
Os barcos de arrasto para pesca de camarão possuem o comprimento variando de 19 a 25 metros, motores de 235 a 540 HP, cinco a seis tripulantes e utilizam arrasto duplos ou de tangones, com duas redes de portas. Os barcos são equipados com instrumentos de navegação por satélite, comunicação por rádio, ecobatímetro e congelador. Algumas dessas embarcações são menores em tamanho e poucas operam com redes de arrasto simples. Os barcos de arrasto permanecem no mar por um período de 40 a 60 dias e fazem em torno de cinco a seis viagens por ano. Até 1977, havia 658 barcos de arrasto registrados para pesca de camarão operando no litoral da Amazônia. Atualmente, de acordo com as normas brasileiras, a frota é restrita a apenas 250 barcos.
São duas as espécies-alvo de camarão: Farfantepenaeus subtilis e F. brasiliensis. Farfantepenaeus subtilis é a espécie mais importante na pesca da costa do Brasil, mas ao longo da costa da Guiana Francesa a espécie F. brasiliensis é a mais abundante. Outras espécies de camarão também são capturadas como a Xiphopenaeus kroyeri, que é pescada próximo ao litoral, e a Litopenaeus schmitti, capturada principalmente na região da foz do rio Parnaíba. A área mais importante para pescaria de camarão situa-se entre o cabo Orange, na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil, e a foz do rio Parnaíba. Essa área é muito influenciada pelas águas do rio Amazonas e as pescarias ocorrem entre 10 e 100 metros de profundidade. Os pescadores dividem essa área em três partes: Maranhão, Amazonas e Amapá. A área do Maranhão é dominada por água salgada e situa-se entre o rio Gurupí e o rio Parnaíba. Grande parte da pesca é realizada entre 20 e 40 metros de profundidade num fundo relativamente plano e firme.
A principal estação de pesca ocorre entre os meses de dezembro e setembro. A área do Amazonas localiza-se próxima a foz do rio Amazonas, entre a ilha de Marajó e o rio Calçoene. A profundidade nesta área de pesca varia entre 40 a 60 metros e o fundo pode ser lamacento, arenoso ou rochoso, com ondulações chamadas pelos pescadores de pula-pula. A área do Amapá situa-se entre o rio Calçoene e Cabo Orange. A pesca neste local é mais difícil, se dá em águas mais profundas, a mais de 60 metros de profundidade, em fundo irregular e rochoso e com fortes correntezas.
No entanto, parte do camarão desembarcado em Belém é capturada numa área ao sul da foz do Amazonas, that is referred to locally as the garbage heap (lixeira). Este nome é devido a grande quantidade de algas trazidas pelas redes que pescam nesta área. Camarões juvenis representam parte importante da captura na lixeira e tentativas de restringir a pesca nesta área tem sido implantada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para proteger o que é considerado o viveiro de camarão.
A pesca de arrasto de peixes teve um rápido crescimento no início dos anos 1970s, com os incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro. Grandes indústrias de pesca se estabeleceram para explotar principalmente os bagres. A pesca de bagres foi feita a princípio adaptando as técnicas empregadas na pesca de arrasto de camarão, mas estas não se mostraram adequadas. Em 1971, pescadores japoneses foram contratados para adaptar os barcos usados na pesca de camarão para a explotação dos bagres demersais no fundo de lama da Plataforma Amazônica. A técnica de arrasto em parelha foi então adaptada para esta pescaria. Os barcos de pesca de arrasto em parelha possuem de 17 a 29 metros de comprimento, capacidade de 20 a 105 tons (média 50 tons) para carga em gelo, motores de 165–565 HP e sete tripulantes em média. Apenas recentemente foram introduzidos alguns instrumentos a estes barcos pesqueiros, como o de navegação, GPS e ecobatímetro.
A rede para pescarias de bagres é geralmente chamada de rede tipo Dinamarquesa ou Portuguesa e mede aproximadamente 45 metros de boca e 75 metros de comprimento. O tamanho recomendado da malha esticada do saco túnel é de aproximadamente 10 cm. Dois ou três barcos saem para pescar juntos e selecionam os locais de pesca através da experiência dos pescadores e, agora, com o auxílio de GPS e ecobatímetro. Os locais de pesca situam-se geralmente próximo do encontro de água doce e salgada. Após encontrarem o local de pesca, os barcos saem em pares para que a embarcação que está levando a rede possa passar a sua corda para o outro barco. A seguir, a rede é rebocada pelos dois barcos que mantém uma distância de aproximadamente 100 metros. O tempo de arrasto da rede depende da captura. Se a rede ficar cheia rapidamente ela pode ser recolhida em menor tempo, em até meia hora de pesca, caso contrário, pode ser deixada por todo o ciclo da maré, ou seis horas. Após a rede ser puxada para o barco, os peixes são separados no convés. Os bagres com tamanho comercial são colocados na urna com gelo e os outros são descartados.
Os barcos de arrasto utilizados para a pesca de bagres pescam geralmente na água doce e em fundo de lama, em profundidades entre 5 e 20 metros. A espécie-alvo mais importante é a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii). Outros tipos de bagres explotados pelos arrastos são do gênero Brachyplatystoma, quando de água doce, e da família Ariidae, quando marinhos. As pescadas (Plagioscion) de água doce também são capturadas. Todos os barcos pesqueiros industriais em atividade no estuário carregam bandeira brasileira e o tamanho da frota limita-se a 48 barcos. A área permitida para pescarias limita-se a 00°05’ Norte e 48°00’ Oeste.
Os barcos pesqueiros à vela e de casco de madeira são comuns na costa amazônica. Existem mais de 7.500 barcos atuando no estuário, sendo que aproximadamente 40% destes são movidos apenas à vela e os outros 60% movidos tanto à motor diesel quanto à vela. A combinação de motor e vela serve tanto para economizar combustível quanto para dar maior estabilidade à embarcação. A captura desses barcos é destinada tanto aos mercados locais quanto aos frigoríficos. Os barcos de pesca que atuam no interior do estuário, incluindo lagos e águas mais calmas protegidas de ondas grandes, geralmente tem um casco mais chato e uma quilha mais curta, enquanto os barcos de pesca costeiros são mais largos e possuem uma quilha mais pronunciada.
Considerando os vários fatores que podem distinguir os tipos de barcos de pesca, a capacidade das urnas de gelo é a mais crucial, pois determina a quantidade de pescado que pode ser transportada. Os barcos pesqueiros equipados com grandes urnas de gelo podem percorrer distâncias maiores e permanecer pescando por períodos maiores. Aproximadamente 95% dos barcos de pesca que servem Belém são equipados com urnas de gelo com capacidade maior que 1 ton, a maior parte possui urnas com capacidade entre 1 e 4 ton de gelo e os maiores barcos podem armazenar até 45 tons de gelo. Uma prática comum utilizada pelos barcos menores é transferir a sua captura para barcos com maior capacidade. Comboios de barcos pesqueiros são frequentes ao longo da costa do Amapá. Os barcos maiores transportam a captura para os mercados, enquanto os menores permanecem pescando por até três meses.
O apetrecho de pesca mais utilizado na pesca costeira é a rede de emalhar a deriva. A profundidades onde estas redes atuam é controlada pelas linhas atadas às bóias, que permanecem na superfície. As redes de emalhar podem ter até 10 km de comprimento e os tamanhos das malhas variam de 14 a 20 cm. Quando malhas menores são utilizadas, o comprimento das redes de emalhar diminui. As redes de emalhar também podem ser unidas para formar uma rede gigante de até 20 km de comprimento. Os pescadores que usam estas longas redes de emalhar precisam ser muito experientes, pois a ação da correnteza e do vento pode levar perigos à pesca. Em geral, as redes são colocadas na água quando a correnteza da maré é mínima e o vento é suficiente para impulsionar o barco para estender a rede. Uma ponta da rede é presa ao barco e a outra à uma grande bóia marcada por uma bandeira. Os pescadores que utilizam redes de emalhar a deriva pescam geralmente próximos à costa em profundidades de até 20 metros. Redes de emalhar maiores que 1 km não são empregadas na baía de Marajó, pois além de haver muitos pescadores disputando espaço para pescar nessa área, o roubo de redes é um problema frequente que desencoraja o uso de redes grandes.
Bagres e pescadas, de água doce e marinha, são os peixes mais abundantes na costa. As espécies de água doce são capturadas principalmente durante os primeiros seis meses do ano, quando a descarga do rio Amazonas é maior, e as espécies marinhas durante os seis meses seguintes, quando predomina a influência da água salgada. Importantes subprodutos da pesca incluem bexigas natatórias secas de gurijuba (Hexanematichthys parkeri) e de pescada amarela (Cynoscion acoupa) e barbatanas secas de tubarões e espardate (Carcharhinus spp., Isogonphodon oxyrhynchus e Pristis spp.). O preço destes produtos é relativamente elevado e são destinados ao mercado internacional. As bexigas natatórias são exportadas para serem usados como filtros para clarificar vinho ou cerveja. As barbatanas cartilaginosas são destinadas ao mercado internacional para uso em sopas, sendo algumas vezes o seu preço mais elevado do que a carne do peixe em si.
O espinhel, uma linha longa com uma série de anzóis presos em linhas mais curtas, é o tipo mais importante de pesca com anzol no estuário. Este era o principal apetrecho utilizado no passado, mas hoje em dia as redes de emalhar ultrapassaram os espinhéis em importância. Os espinhéis são geralmente utilizados em áreas rochosas ou em estreitos entre ilhas. As pontas do espinhel são ancoradas por duas pedras. Os amurés (Gobioides spp., Gobiidae), peixes comuns no estuário, são a principal isca. Um espinhel típico tem 60 metros de comprimento e 40 anzóis e os barcos de pesca podem levar vários espinhéis totalizando mais de 2.000 anzóis.
A pesca do amuré é um tipo tradicional de pesca especializada de iscas, que abastece a pesca com espinhéis(divers). Os pescadores de amuré são conhecidos como amurezeiros ou mergulhões. Eles saem para pescar numa canoa pequena entre os ciclos da maré, quando as águas estão calmas. Os apetrechos usados nesta pesca são tarrafa, vara de 7-metros e caixa de madeira. Os amurés são comuns em fundos de lama, onde vivem em buracos. A profundidade da água é menor que 6 metros. Os pescadores cobrem os buracos onde vivem os amurés com a tarrafa e em seguida mergulham e pisam sobre esta, apoiando-se na vara fincada no fundo. Quando os amurés tentam escapar da tarrafa, são capturados com as mãos e mantidos vivos na caixa de madeira flutuante. Os pescadores de amurés podem trabalhar algumas horas somente, durante a maré baixa; quando a maré começa a subir eles param de pescar.
O curral é uma armadilha comumente usada na zona de marés. O curral tradicional é feito de fibras de palmeiras e cipós e são construídos perpendicularmente à praia, na zona de marés. Em geral, a profundidade da água não ultrapassa 5 metros na maré alta. Os currais podem ter até 50 metros de comprimento e são feitos de três partes principais. Paredes altas conduzem os peixes para a primeira câmara, onde permanecem até a maré começar a baixar, quando passam para a câmara seguinte, que é mais baixa e geralmente é circular. Os peixes ficam nesta câmara até a maré baixa, quando são retirados pelo pescador.
As redes de emalhar fixas são geralmente mais curtas e utilizadas em fundos rochosos e nas luas crescente ou minguante, quando a maré é relativamente fraca. Pequenas redes de emalhar também são utilizadas para bloquear pequenos igarapés de maré, onde os peixes podem ser capturados quando saem do igarapé na maré baixa. Os currais e redes de emalhar são mais utilizados próximos às casas dos pescadores e capturam comumente pescada branca (Plagioscion squamosissimus), pescada gó (Macrodon ancylodon) e espécies comerciais de menor valor, como o bacu-pedra (Lithodoras dorsalis).
O litoral Amazônico abriga uma das maiores florestas de mangue do mundo. A maior parte desta floresta, no entanto, está localizada ao longo da costa e não nas áreas dominadas por água doce do rio Amazonas e da baía de Marajó. Os maiores manguezais localizam-se próximos à foz do rio Amazonas e se extende até a Guiana Francesa. Também há manguezais consideráveis na área que se estende do norte da baía de Marajó até o rio Parnaíba. As pescarias nos manguezais são realizadas principalmente próximas às cidades ou onde há acesso por rodovia. Essas pescarias explotam principalmente caranguejos e moluscos, que são capturados durante as marés baixas. A espécie mais importante de caranguejo é a Ucides cordatus. O turu (Neoteredo reynei), com um incomum formato serpentiforme, é o molusco (gastrópode) mais importante capturado nos manguezais. Os bivalvas de manguezais incluem várias espécies do gênero Mytella.
CONTEXTO
Cataratas
Canal Principal
Planície de inundação ou várzea
Baías de foz de rio
Estuário e a Costa Amazônica
Os Andes
Marajó e delta interno