A região pesqueira da Amazônia Peruana concentra-se nos rios Amazonas, Marañón e Ucayali. Existem dados de pesca disponíveis para Iquitos, Pucallpa e várias outras cidades menores. A população desta região é de aproximadamente um milhão de habitantes e o potencial de produção estimado é cerca de 27.700 toneladas, sendo o Departamento de Loreto responsável por 80% deste total. Todos os desembarques são feitos em portos públicos
A região pesqueira da Amazônia Peruana é a terceira região mais povoada da Amazônia. Iquitos (rio Amazonas), Pucallpa (rio Ucayali), e Yurimaguas (rio Huallaga) são as maiores cidades da região. As frotas pesqueiras dessas cidades são formadas por barcos que podem carregar até sete toneladas de gelo. Redes de emalhar e tarrafa são os equipamentos de pesca mais utilizados. Embora os barcos de pesca sejam mais simples, comparados aos das frotas urbanas brasileiras, estes podem permanecer pescando por um período de 30 dias. O gelo é geralmente mantido sob uma grossa camada de casca de arroz.
Iquitos é a capital do Departamento de Loreto, tem pelo menos 500.000 habitantes e é responsável por aproximadamente dois terços do potencial de produção dessa região. Não há muitas instalações de refrigeração em Iquitos e a maior parte do peixe é vendida fresca. Uma parte é exportada por avião de Iquitos para outras cidades Andinas. Isto é feito de modo precário, pois o pescado é transportado ao natural, sem gelo. Pucallpa é a capital do Departamento de Ucayali, tem 300.000 habitantes e está localizada na margem esquerda do rio Ucayali. O seu potencial de produção representa 17% da Amazônia Peruana. A maior parte do peixe exportada de Pucallpa destina-se às cidades Andinas. Yurimaguas, com uma população de 110.000 habitantes, é responsável por 12% do potencial da região. Yurimaguas está ligada a Tarapoto, a capital do Departamento de San Martín, por uma rodovia que é utilizada para exportar o pescado para os centros urbanos Andinos.
A produção potencial da Amazônia Peruana baseia-se em 16 espécies, que representam 90% do total. Peixes que se alimentam de detritos são as espécies mais importantes nessa região, especialmente o curimatã e a branquinha, e suas produções representam mais de 60% do total da região. Surubim é a terceira espécie mais importante (4%) e o principal predador em termos de produção pesqueira.
O desembarque anual de curimatã e branquinha tem oscilado de forma radical no Departamento de Loreto. As produções de curimatã atingiram o nível mais alto nos anos de 1988 (8.500 toneladas) e 1994 (10.300 toneladas), porém entre esses extremos a produção despencou para menos de 1.000 toneladas. Branquinha atingiu a sua produção máxima em 1993 (8.500 toneladas) substituindo o curimatã que estava em declínio nos mercados locais. Assim que a produção de curimatã aumentou, as capturas de branquinha diminuíram novamente.