No âmbito da Aliança Águas Amazônicas, oInstituto SINCHIrealizou dois intercâmbios acadêmicos para treinar em técnicas de laboratório para DNA ambiental (eDNA) aos equipes do Laboratório de Biotecnologia e Recursos Genéticos do Instituto de Pesquisas da Amazônia Peruana – IIAP, em Iquitos (Peru) de 6 a 11 de abril, e a pesquisadores do Instituto Nacional de Biodiversidade do Equador – INABIO, de 5 a 9 de maio, em Bogotá (Colômbia). Os dois workshops foram liderados por pesquisadoras do SINCHI, como parte do projeto “DNA ambiental para a identificação de rotas migratórias e áreas de desova prioritárias para a conservação dos grandes peixes migradores amazônicos”.
Este projeto conta com o apoio da TNC e da WCS e se centra no estudo regional dos bagres com métodos moleculares para a detecção e quantificação dessas espécies.

Equipe do IIAP e SINCHI durante intercâmbio acadêmico em Iquitos. © Instituto SINCHI
Durante os intercâmbios, foram abordados aspectos teóricos e práticos do trabalho com eDNA. Os e as participantes aprenderam técnicas especializadas para purificar o material genético e para padronizar um protocolo de qPCR com o fim de quantificar a presença da dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) e as boas práticas para evitar a contaminação das amostras. No laboratório, foram utilizados equipamentos como o NanoDrop e o Qubit 3.0, obtendo resultados promissores na qualidade das amostras e nas primeiras ampliações do gene CytB.
Esse tipo de colaboração entre instituições da Aliança Águas Amazônicas, fortalece as capacidades técnicas na região e estabelece as bases para o uso do eDNA como ferramenta complementar nos sistemas de monitoramento pesqueiro. Os próximos passos incluem mapear as áreas com resultados positivos (presença de espécies) e negativos (ausência), com a finalidade de identificar áreas críticas para apoiar a conservação dos grandes bagres amazônicos e suas rotas migratórias. Além disso, busca-se ampliar a cooperação regional para desenvolver um plano de gestão das espécies no âmbito da Convenção sobre as Espécies Migratórias (CMS).

Equipe do INABIO e SINCHI durante intercâmbio acadêmico em Bogotá. © Instituto SINCHI.