Acarás

Categoria de comprimento:  Pequeno (<40 cm)

Nível trópico:  Onívoro

Padrão migratório:  Local (<100 km)

Período de desova:  Todos os períodos

Mercado de exportação:  Regional (na Amazônia)

Status do mercado:  Segunda classe

Distribuição de capturas:

O potencial de produção do acará foi estimado em 1.500 tons. Cinco regiões pesqueiras respondem por 99% desta produção: Amazônia Central (35%), Amazônia Peruana (27%), Tocantins (15%), Baixo Amazonas (11%) e Estuário (10%).

Notas de História Natural:

Por serem pescados de segunda classe, os pescadores e peixeiros raramente separam os acarás por espécie, sendo estes agrupados na mesma categoria de nome nas estatísticas pesqueiras. As espécies mais valiosas são Astronotus ocellatus e A. crassipinnus, que podem atingir preços de primeira classe em alguns mercados. Várias espécies do gênero Chaetobranchus, Chaetobranchopsis, Satanoperca, Uaru, Acarichthys, Heros, Aequidens, Acaronia, Cichlasoma e Symphysodon podem ser encontradas regularmente nos mercados. Os acarás vivem principalmente em águas calmas e as maiores capturas são realizadas na várzea de rios de água branca, especialmente no rio Amazonas. A captura de espécies que se alimentam de zooplâncton, como a Chaetobranchus e Chaetobranchopsis, são importantes principalmente na foz do rio Tapajós. Nenhuma dessas espécies é migradora e a maior parte delas é omnívora, que se alimentam de insetos, crustáceos, peixes pequenos e algas. Algumas das espécies desovam mais de uma vez por ano e a construção de ninhos e o cuidado parental por parte do macho e fêmea são comuns nestas espécies.