Tambaqui

Categoria de comprimento:  Médio (40-100 cm)

Nível trópico:  Frugívoro

Padrão migratório:  Distâncias médias (100-1,000 km)

Período de desova:  Enchente

Mercado de exportação:  Regional (na Amazônia)

Status do mercado:  Primeira classe

Distribuição de capturas:

O potencial de produção do tambaqui foi estimado em 15.500 tons. A produção concentra-se na Amazônia Central, que representa 91% do total. A importância do tambaqui é moderada nas regiões da Amazônia Peruana (3%), Madeira (2%), Baixo Amazonas (2%), Fronteira Brasil-Peru-Colômbia (1%), Alto Madeira (1%). O seu potencial de produção é baixo em Purus, Tocantins e Estuário, cada uma com menos de 1% do total.

Notas de História Natural:

O tambaqui é o maior caracídeo da Amazônia e se alimenta de frutas e sementes. Os peixes juvenis alimentam-se principalmente de zooplâncton, mas passam gradualmente a se alimentar de frutas e sementes durante o período de cheia. Os adultos alimentam-se basicamente de frutas e sementes. Os peixes adultos saem da região da várzea quando o nível da água começa a baixar rapidamente e permanecem nos canais dos rios durante o período de seca. No início da enchente, os cardumes de tambaqui começam a migrar rio acima até encontrarem o local onde desovarão, após o qual migram para as florestas alagadas de todos os tipos de rio. Os tambaquis de grande porte e de alto valor são pescados na região da Amazônia Central e têm sido intensamente explotados desde o final dos anos 1960s. Atualmente, grande parte da captura de tambaqui é formada por peixes juvenis e a espécie está sobre-explotada nas regiões da Amazônia Central e Baixo Amazonas. Existem várias restrições para proteger tambaquis adultos e juvenis da sobre-explotação, mas elas não são respeitadas pelos pescadores e nem tampouco aplicadas pelas autoridades numa área tão extensa. A melhor estratégia de manejo seria proibir a venda de tambaquis juvenis em mercados urbanos.