PALESTRAS E PAINÉIS

21 e 22 DE MAIO

21 DE MAIO | Terça-feira | Salão Açaí Bacaba

10:15 AM Palestra: Introdução aos objetos de conservação

Introdução à lógica e teoria da mudança por trás dos objetivos de conservação, identificados por 25 especialistas em temas amazônicos, onde apresentam as metas de conservação em grande escala para a Bacia Amazônica.
Palestrante: Sandra Correa, PhD, Mississippi State University
Modera: Carolina Doria PhD, UNIR
 

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RESUMO

Sandra apresentou os três objetivos de conservação baseado em grande escala para a Bacia Amazônia:
  1. Manter paisagens fluviais da Amazônia Ocidental conectadas para preservar a influência Andina e da diversidade biocultural, enfatizando que muito material biológico vem dos Andes e durante as épocas de inundação é o que mantém a produtividade das bacias e dos recursos pesqueiros.
  2. As várzeas, que fornecem serviços ecossistêmicos críticos, devem manter-se funcionais 
  3. Evitar o colapso da pesca de espécies migratórias de grande distância para garantir a segurança alimentar e econômica

11:20 AM Painel: Objetos de conservação para a integridade e conectividade da Bacia Amazônica

Especialistas apresentarão o estado da arte sobre peixes migratórios, planícies inundadas e conectividade de paisagens fluviais bioculturais.  Serão apresentados alvos e indicadores importantes, sua situação atual, implicações da mudança de situação (degradação) e possíveis rotas de abordagem. No final da sessão, haverá uma plenária para comentários.
Painelistas: Denielle Perry, PhD, Northern Arizona University, Global River Protection Coalition | Mauro Luis Rufino, OTCA | Sandra Correa, PhD, Mississippi State University
Modera: Carolina Doria,  PhD, UNIR

GRAVAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DENELLE PERRY

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Denielle Perry

Mauro Rufino

Sandra Correa

 

RESUMO

Danielle apresentou a abordagem do sistema de conservação para toda a Bacia Amazônica através dos princípios de proteção, restauração e gestão de rios de fluxo livre.
Sandra Correa trouxe uma abordagem mais profunda do segundo objetivo de conservação das bacias, sob a perspectiva dos dados de pulso de inundação como um motor que aumenta a conectividade física e ecológica.
Mauro trouxe os principais marcos alcançados pelos 8 países membros da OTCA, uma visão compartilhada para a gestão sustentável dos recursos hídricos na Bacia Amazônica e o case de implementação GIRH, tendo como um dos seus próximos passos a criação da Rede Amazônica de Autoridades de Água, dentre outros.

2:30 PM Painel: Diálogo com líderes de pescadores e pescadoras

Painel em formato de entrevista associado à série de reuniões “Diálogo de Saberes: Gestão Participativa da Pesca na Amazônia”, liderada pela Aliança Águas Amazônicas. Esta sessão será uma oportunidade para ouvir os representantes dos pescadores em uma valiosa troca de experiências sobre o gerenciamento da pesca.
Painelistas: João  Evangelista, Colônia de Pescadores Tenente Segundo, Porto Velho/RO, Brasil
Lilia Java Tapayuri, Coordenadora de vigilância do território indígena Resguardo Ticoya/Lagos Tarapoto, Colômbia
Renato de Melo Farias, Colônia de Pescadores Z-42 de Juriti/PA, Brasil
Wilver Rufo Chuctaya Farfán, Asociação de Pescadores Artesanais Luis Banchero Rossi/Puerto Maldonado, Peru
Moderação: Sannie Brum, WCS

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RESUMO

Lilia Java ressaltou a importância de ter uma visão integrada da pesca, gênero e governança, enfatizando a participação do saber ancestral no gerenciamento da pesca.
João Evangelista trouxe sua perspectiva sobre o impacto da construção de usinas e contextualizou o histórico do turismo em Porto Velho e a mudança ocorrida no Rio Madeira ao longo do tempo.
Wilver Chuctaya aprofundou sobre as dificuldades de dialogar com autoridades governamentais e como transmitir a vivência das comunidades artesanais com os pesquisadores.
Renato Farias trouxe a compreensão da importância do diálogo entre pescadores e autoridades e a necessidade de organização das entidades para que este diálogo ocorra, levando suas necessidades e direitos.
Ao final, os painelistas responderam perguntas do público.

3:00 PM Apresentações e Painel: Pressões e desafios para a integridade e conectividade da Bacia Amazônica (Parte 1)

Seção sobre pressões e desafios à integridade e conectividade da Bacia Amazônica; impactos e pressões sobre a população amazônica e os ecossistemas aquáticos.
Palestrantes primeira seção: Ayan Fleischmann: PhD, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá | Luis Fernández, PhD, WFU/CINCIA
No final da seção, haverá uma plenária para comentários.

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Ayan Fleischmann

Luis Fernández

RESUMO PARTE 1

Ayan Fleischmann deu uma perspectiva sobre o aumento da duração de inundação nas várzeas do Rio Amazonas para mais de 50 dias por ano e enfatizou sobre a urgência em se pensar em soluções fáceis de acesso à água potável para as comunidades implementarem.
Luis Fernandez traz os dados de zonas ambientais impactadas pelo garimpo ilegal, como o caso da Bacia Madre de Dios, Peru, onde 30% das terras desmatadas foram convertidas em bacias.

Pressões e desafios para a integridade e conectividade da Bacia Amazônica (Parte 2)

Seção sobre desmatamento, destruição de habitat e infraestrutura: identificando a extensão/profundidade do desafio; impactos e pressões sobre a população amazônica e os ecossistemas aquáticos.
No final da seção, haverá uma plenária para comentários.
Palestrantes segunda seção: Carlos Souza Jr., Ph.D., Imazon | Denielle Perry, PhD, Northern Arizona University Free-flowing Rivers Lab; Global River Protection Coalition

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Denielle Perry

Carlos Souza

RESUMO PARTE 2

Danielle Perry mostra uma visão integral dos cenários da infraestrutura regional da América do Sul. e ressaltou que os fatores que estão degradando a integridade dos ecossistemas fluviais da Bacia são os acordos comerciais, a expansão da fronteira e a perspectiva dos rios do Amazonas terem sido considerados como um recurso econômico antes de ser um recurso ecológico.
Carlos Souza Jr explanou sobre a cobertura e uso da terra no Bioma Amazônia, com mapas de desmatamento anual de estradas formais e informais, indicando que este uso e a atividade madeireira são vetores de transformação da floresta. Mencionou o Projeto Simex,  ferramenta de monitoramento da Amazônia baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo Imazon em 2008, para avaliar planos de manejo florestais e mapear áreas submetidas à exploração madeireira, mostra que os distúrbios e perda de árvores grandes trouxe uma percepção de mais ou menos 20% de desmatamento na Amazônia.
Ao final, os painelistas responderam perguntas do público.

22 DE MAIO | Quarta-feira | Salão Açaí Bacaba

10:10 AM Palestra: Policy Brief do Science Panel for the Amazon para uma Bacia interconectada

Apresentação sobre o Policy Brief  para uma bacia interconectada del Science Panel for the Amazon (SPA), uma iniciativa que reúne mais de 200 cientistas e pesquisadores de destaque dos oito países amazônicos, parceiros franceses e globais para debater, analisar e reunir o conhecimento da comunidade científica, dos povos indígenas e de outros atores que vivem e trabalham na Amazônia.
Andrea Encalada, PhD, USFQ

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Andrea Encalada

RESUMO

Andrea Encalada apresentou reflexões e dados sobre a conectividade da Bacia Amazônica, bioma único de importância global e suas dimensões: longitudinal, lateral e vertical.
Os aspectos de conectividade biocultural, econômica e política trazem visão para o estabelecimento de áreas aquáticas prioritárias para gestão, conservação, restauração, remediação e para manter todas.
É fundamental a comunicação, difusão e educação na matriz curricular de águas amazônicas para escolas, colégios, universidades, gestores, políticos e pescadores.
Por fim, trouxe reflexões sobre a Bacia Amazônica como uma bacia única e de importância global. Manter a conectividade é crítica e se faz urgente uma atuação e que aproveitemos o espaço poderoso da Aliança. Andrea propôs que nas seguintes sessões se discuta como implementar essas recomendações e planos de ação.

10:40 AM Painel: Pesca sustentável em múltiplas escalas na Amazônia

Autoridades da Colômbia, Brasil e Peru apresentaram os principais avanços e desafios de cada país em relação ao monitoramento da pesca e políticas de pesca adequadas/adaptadas para a Amazônia. Ao final da sessão, haverá uma plenária para comentários.
Painelistas: Catarina Cardoso de Melo, Coordenadora Geral de Pesquisa na Secretaria Nacional de Registro, Monitoramento e Pesquisa da Pesca e Aquicultura.
Raul Pardo, Dirección Técnica de Administración y Fomento, AUNAP, Colombia
Richar Ferré, CITE Pesquero Amazónico Pucallpa – Instituto Tecnológico de la Producción, Perú
Mariano Rebaza, Vice presidente del Consejo Amazónico para el desarrollo de la pesca y acuicultura del Perú- CADAP
Ana Claudia Torres Gonçalves,  Coordenadora do Programa do Instituto Mamirauá
Modera:  Vanessa Rodríguez, IBC

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Vanessa Rodríguez

RESUMO

Os painelistas trouxeram uma visão dos desafios relacionados ao desejo de fazer uma gestão compartilhada entre os órgãos de governo de tomada de decisão e as comunidades locais. Os desafios apresentados para isso são desde a pesca não ser homogênea, ou seja, as diferentes frentes de atuação dos órgãos públicos, além dos pescadores nem sempre terem em seus representantes a legitimidade, uma vez que não trazem as reais necessidades deste público.
Há uma lacuna entre o que é produzido em termos de ciência não atende às necessidades da população.
Enfatizou-se sobre a importância de trazer programas nacionais de estatísticas pesqueiras, onde o pescador deve ser visto como ator principal no serviço de estatística pesqueiro e serem consultados no impacto das políticas elaboradas pelos representantes do Estado.

12:00 PM Painel: Ciência e conhecimento colaborativo

Serão apresentadas diversas experiências e perspectivas sobre como gerar conhecimento colaborativo (reconhecendo a contribuição de diversas formas de conhecimento), compartilhá-lo e usá-lo para informar ações em torno de rios e áreas alagadas da Bacia Amazônica.
Painelistas: 
Sarita Abagli, Pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (IBICT)
Pablo Sánchez, Diretor de Gestão da Informação, Instituto Nacional de Biodiversidad, (INABIO)
Confucio Hernández Makuritofe, Biólogo, Investigador, Autor e ilustrador
Luis Angel Trujillo Tropenbos, Líder comunitário, Pescador artesanal y Gerente Administrativo Ambiental
Vanessa Apurina, Gerente de Monitoramento Territorial Indígena da COIAB
Modera: Helder Queiroz, PhD, IDSM

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RESUMO

O painel destacou a importância do conhecimento colaborativo, tradicional e ecológico local no monitoramento participativo. O diálogo de saberes é essencial para respeitar diferentes perspectivas e garantir a continuidade dos dados. Os mecanismos governamentais devem considerar a diversidade e relações assimétricas entre povos indígenas, quilombolas e comunidades científicas. Foi enfatizado que o monitoramento territorial é milenar e necessário para proteger rios e territórios indígenas. A formação de agentes de monitoramento deve considerar o uso adequado dos dados e apoiar o conhecimento local.
Ao final, os painelistas responderam perguntas do público.

2:30 PM Painel: Esforços de cooperação transfronteiriça

Os painelistas compartilharão reflexões sobre os principais elementos da cooperação transfronteiriça para manter a integridade e a conectividade da Bacia Amazônica e conservar as populações de grandes bagres migratórios (sentinelas da conectividade). Serão abordados as conquistas e desafios; lições aprendidas e recomendações para ações futuras. No final da seção, haverá uma plenária para comentários.
Painelistas: Pablo Tedesco, PhD, IRD | Sandra Berman, Banco Mundial / Programa ASL | Guillermo Estupiñán, WCS | Marco Edison Martínez Ambama, COICA
Modera: Carmen Rosa García, IIAP/AAA

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Pablo Tedesco

Sandra Berman

Guillermo Estupiñán

Marco Martínez

Carmen Rosa García

RESUMO

Os painelistas contextualizaram o espaço megadiverso da Amazônia e a ocupação territorial na região e no mundo, além da aceleração das mudanças climáticas. Enfatizaram como o trabalho interinstitucional permite uma visão global da dinâmica dos estoques pesqueiros. Foi apresentada a Amazon Fish, um projeto de colaboração transnacional para criar uma base de dados completa sobre a distribuição de peixes;  o corredor biocultural Putumayo-Içá, com 75% em áreas de conservação; o Programa Paisagens Sustentáveis na Amazônia; e a iniciativa “Amazonia por la vida”.
Ao final, os painelistas responderam perguntas do público.