Para ampliar e melhorar o manejo pesqueiro na região amazônica, especialistas da WCS Brasil, em colaboração com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (IDAM), a Prefeitura de Santo Antônio do Içá, no Amazonas, o Governo do Estado do Amazonas e a Associação das Comunidades de Manejo dos Lagos do Rio Içá (ASSCOMAL), treinaram 30 pescadores na técnica de contagem do pirarucu (Arapaima gigas). Durante o treinamento, eles realizaram um censo dessa espécie nos lagos das Terras Indígenas Betânia e Manintin, no rio Içá.
Dos 30 pescadores que participaram do treinamento e do censo, entre 15 e 20 se dedicarão continuamente à contagem de pirarucu, beneficiando inicialmente três comunidades e a Terra Indígena de Vila Betânia, com cerca de 4.000 habitantes.
Por meio desses treinamentos, os pescadores poderão concluir o censo do pirarucu e, com essas informações, revisar e atualizar os acordos de pesca vigentes desde 2012, solicitar cotas de captura, além de integrar esses territórios ao sistema de gestão da bacia do rio Içá.
Apesar das condições nos níveis de água terem impedido o censo de alguns lagos, espera-se que os dados coletados neste ano permitam estabelecer cotas de captura mais precisas, avaliar oportunidades de melhoria e fortalecer o trabalho na região para o próximo ano.
O comprometimento e a colaboração do IDAM , da Prefeitura de Santo Antônio do Içá e do Governo do Estado do Amazonas, assim como as próprias comunidades, têm sido fundamentais para atingir os objetivos dessa iniciativa e, assim, melhorar as condições de vida das comunidades indígenas que dependem desses recursos.
Essas atividades são desenvolvidas no âmbito do projeto “Conservando a integridade e a conectividade dos ecossistemas de água doce e florestas associadas em quatro bacias hidrográficas prioritárias da Amazônia”, liderado pela WCS Brasil e apoiado pela Fundação Moore, Fundação Bezos Earth, pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) y el GEF
Os treinamentos e a revisão dos acordos de pesca são chaves para fortalecer a política de pesca da região e das próprias comunidades através do fortalecimento da sua atividade pesqueira, o que contribui para assegurar os meios de subsistência e também a sustentabilidade das espécies.