Ictio: a base de dados de observação de peixes à escala amazônica

Ictio: a base de dados de observação de peixes à escala amazônica
abril 16, 2025 Gabriela Merizalderubio

Conservando la Cuenca Amazónica Aguas Amazonicas

Ictio registrou 130.556 observações válidas, de 121 espécies/grupos de peixes,em um total de 83.572 eventos de pesca válidos (Figura 1).

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Figura 1 – Até 31 de março de 2025, Ictio reúne um total de 130.556 observações de peixes em 83.572 listas (eventos de pesca). Estas informações foram registradas em 152 (77%) das 198 sub-bacias nível 4 da Amazônia.

São 732 cientistas cidadãos e organizações registrados que já compartilharam informações em 152 sub-bacias nível 4 (BL4) da Amazônia (ou seja, 77%) (saiba mais sobre a classificação de bacias utilizada por Ictio em Venticinque et al., 2016 – ‘Novo Sistema de Informações Geográficas (SIG) sobre rios e bacias para a conservação de ecossistemas aquáticos na Amazônia’). A sub-bacia ‘Madeira – acima Jamari’ permanece liderando o número de registros com 21.291 observações, seguida da sub-bacia ‘São Manoel – acima Peixoto de Azevedo’ (17.398 observações) e da sub-bacia ‘Amazonas/Solimões – entre Juruá e Negro’ (14.739 observações).

Nesse trimestre, a sub-bacia Comandante Fontoura, no rio Xingu, aportou seus primeiros registros em Ictio. As sub-bacias Abacaxis (acima Canumã), Brasil, e Madre de Dios (arriba Tampobata), Peru, foram as que registraram incrementos de observações (Figura 2).

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Figura 2 – Incremento de registros em Ictio por sub-bacia nível BL4 entre janeiro a março de 2025.

Espécies registradas

Das 121 espécies/grupos de espécies registradas em Ictio, ‘Outros peixes’ continua sendo o grupo mais observado. O jaraqui-escama-grossa (Semaprochilodus insignis) é a espécie mais registrada (8.574 observações), seguida pela curimatã (Prochilodus nigricans) com 7.649 observações e o tambaqui (Colossoma macropomum) com 7.499 observações (Figura 3).

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Figura 3 – Espécies/grupos de espécies com mais registros em Ictio até 31 de março de 2025.

Fortalecendo a governança pesqueira na Amazônia

Em fevereiro concluímos, em Brasília, Brasil, o ciclo 1 do Diálogos de Saberes (Figura 4). O objetivo do Diálogos é inspirar os caminhos para as boas práticas de governança pesqueira na Amazônia, e nesse primeiro ciclo focamos em mapear grupos de pescadores trabalhando monitoramento e manejo participativo de peixes, bem como temas de discussão em comum.

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Figura 4 – Lideranças de pescadores reunidos em Brasília para o quinto Diálogo de Saberes.

Em cinco reuniões, nós identificamos 27 grupos de pescadores que manejam de forma participativa seus recursos pesqueiros no Brasil, Bolívia, Equador e Peru; e discutimos temas relevantes à escala da bacia, como mudanças climáticas, apoio ao monitoramento e manejo de pesca, comercialização justa e acesso a políticas públicas. Essas experiências serão incluídas em um atlas on-line a ser lançado em breve.

GLOSSÁRIO

Listas: Listas de peixes capturados em um evento de pesca.

Bacias BL4: O nível de bacia 4 é a escala que delimita todas as sub-bacias tributárias entre 10.000 km² e 100.000 km².

Observações: Registros de espécies/grupos de espécies de peixes capturados na Bacia Amazônica.

Usuários: Usuários – cidadãos amazônicos que utilizam o aplicativo ou a plataforma ICTIO; é composto principalmente por povos locais e indígenas, pescadores, grupos de gestão, associações de pescadores e cientistas.

 

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Esta nota foi possível graças ao apoio da Fundação Gordon e Betty Moore.  O conteúdo é de responsabilidade da Wildlife Conservation Society, não necessariamente reflete a visão da Fundação Moore.