O Segundo Diálogo de Conhecimento, convocado pela Aliança Águas Amazônicas em Lima, Peru, tornou-se um espaço vital para a troca de experiências e conhecimentos sobre o gerenciamento da pesca na Amazônia. Líderes e representantes de diferentes organizações uniram forças para enfrentar desafios comuns e avançar em direção à pesca sustentável na região.
Participantes do Segundo Diálogo de Conhecimento. Foto: WCS
Com a liderança do Instituto del Bien Común, a Aliança Águas Amazônicas organizou o Segundo Diálogo de Saberes em Huacho, Lima, Peru, de 18 a 20 de março. Seu principal objetivo foi compartilhar conhecimentos, experiências e aprendizados relacionados ao manejo da pesca na Bacia Amazônica.
Durante três dias, os 32 participantes discutiram desafios comuns na gestão da pesca, incluindo monitoramento, manejo da pesca, mercado e comercialização, políticas públicas, bem como a inclusão de gênero e jovens na pesca.
Representantes de organizações do Equador, Bolívia e Peru concordaram em assinar uma carta de compromisso para abordar conjuntamente os desafios do Manejo da pesca na Amazônia.
Foto: Sofía Lazarte / WCS
A carta reconhece que é essencial incorporar a participação de pescadores e pescadoras na tomada de decisões sobre a pesca na Amazônia. Ela propõe a formação de uma Aliança de Pescadores e Pescadoras da Amazônia para coordenar ações e fazer lobby junto às autoridades. Como primeira ação conjunta, propuseram a organização de um dia para a limpeza de rios, florestas e comunidades. Leia a carta completa aqui (em espanhol).
No total, foram apresentadas 13 experiências: COLOVIPAS del Río Ampiyacu, APPA El Manatí de Apayacu del Río Apayacu, Comunidad Nativa Shawi Santa Elena del Río Cahuapanas, APPA Puma Garza del Río Tahuayo, Equipo de Monitoreo Pesquero del Río Pichis, Programa de Monitoreo Ambiental Comunitario del Río Puinahua y PMAC Bajo Urubamba, Comunidad Nativa Tsirerishi Matinguenga del Alto Manu Río Madre de Dios, Associação de Pescadores Banchero Rossi de Puerto Maldonado, Associação de Pescadores Indígenas Chororo Showu do Rio Mamoré, Associação de Pescadores Indígenas El Sábalo do Rio Beni, Associação de Pescadores de Cochabamba do Rio Ichilo, Associação de Pescadores Artesanais do Rio Napo e Centro Kaputna Shuar do Rio Santigo; juntamente com técnicos das instituições parceiras WCS, IBC, San Diego Zoo e CINCIA.
Uma das participantes, Saira Bucheli, líder da Associação de Pescadores Artesanais do Rio Napo, Equador, disse: “Gostei porque trocamos experiências e agora posso levar as ideias dos meus irmãos peruanos e bolivianos para a minha associação e levá-las em consideração e poder implementá-las lá, para ter o exemplo deles, porque eles estão mais avançados no manejo da pesca”.
Saira Bucheli, da Associação de Pescadores Artesanais do Rio Napo de Equador. Foto: Sofía Lazarte / WCS
No último dia, o evento contou com a presença de autoridades, como representantes da USAID, PRODUCE, DIREPRO Ucayali, DIREPRO Loreto, Museu de História Natural UNMSM e Instituto Nacional de Pesca do Equador. Essas autoridades compartilharam suas perspectivas e se comprometeram a apoiar soluções para desafios comuns no manejo da pesca.
Esse evento foi realizado com o apoio da Fundação Moore e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), no âmbito do projeto Conservando Juntos, liderado pela WCS.
